Sem acalentos
Ao relento se dorme
Não fosse a insónia
Incrustada na pele
De sopros antediluvianos
Pudesse a morte voltar
A alucinaria ali
Esclerótica, faminta,
Cobradora de impostos.
Cobradora de impostos.
Com olhos pulsantes
Jorrando horrores ancestrais
Enclausurados, denegados por mim
Como se
Os pudesse expurgar
Proibir de voltar
Proibir de voltar
Iludir-me
Com poder sobre essa culpa
Que os sustém, que me entretém
Conseguisse eu
Deixar à porta
Suplicante castigo
Dor acutilante
Vinda lá de longe, do frio
Do mundo dos espíritos
Querendo voltar
Querendo voltar
Para onde mais não tem lugar