Estou na ponta do abismo
E quero saltar
Para quê voltar para o mundo habitado
Se o meu destino está condenado
Para quê olhar para os trilhos dos homens
Se o meu capitulo está encerrado
Amaldiçoada seja a minha existência!
Nunca fui alguém
Na terra de ninguém
Nuvens escuras, levem o meu tormento
Cubram o céu com o meu sofrimento
Inundem o mundo, com o meu desespero
Cegam me relâmpagos
Quando contemplo o céu retorcido
Seguem me tornados
Quando confesso os meus pecados
Nenhum anjo ouve mais
Os meus gritos gélidos de tumulto
Presos na fornalha ardente do meu túmulo
Ou será este pensamento
De olhares ímpios que escutam o meu lamento
Moldando a minha mente em desígnios de engano
A quem entrego a minha alma
Que me quer fazer desaparecer
Deixar o meu corpo
Para assim perecer
A quem entrego a minha alma
Que prefere morrer
Fugir como ladrão
Que continuar a viver