Thursday, May 31, 2012

Feito à imagem de Deus

As vezes perco-me
Nesta vastidão de ser
Descendo à inconsistência de minha consciência
Pelo meio interpelo uma multidão de pensamentos
Ouvem-se o eco de vozes trepidas
Zombadoras, quase proféticas
Fazem-me esquecer que sou um só
Vontades distintas emergem
Disseminam-se como um cancro maligno

Arbítrio é uma ilusão da qual me alimento
Agarro-me a ela, como a única recordação que ficou
Pedaço de Outrora, lembra-me de que fora feito à imagem de Deus
Mas o estranho reflectido no Presente
É um assassino do Pretérito Perfeito

Thursday, May 24, 2012

Metamorphosis

A hundred swords impaled my heart
They left no wound in my chest
There werent red drenched in the carpet
Not a drop of blood tainted the floor
But the pain stabbed me with no mercy
The tender tissue torn apart by ache

Cold laws of irreversibility
Wrong choices made permanent
Regret as the final punishment

Beyond recall we look back
A petrified look of grief
Watch the sequential events
That led to our demise
Mourn who we were
Before the choices were made

We bemoan the loss of ourselves
The fracture in time
A one-way-looking glass
Divides the awareness of anticlimax
From the nescience of remorse

We die and live again as something else
With no chance of saying good-bye to our former-self
With no chance of warning about the errors he's about to make