Desespero descerra-se do coração
Outrora latejante
Emana agora indícios de vida
Manifestos numa rocha frígida
Púrpura tingia os aposentos
Agora cingidos de fatalidade escarlate
Vertia para caminhos carmesim
Perscrutavam o abismo inundado de escuridão negra
Batimentos funestes ecoavam
De um espírito quebrantado
Lentamente engolido num pedaço de madeira
Para apodrecer na etérea eternidade
Aço gélido mergulha profundamente
No peito inflamado de paixão volátil
Rasgando carne, aspergindo hemoglobina
Perfurando pulmões, espirrando sangue
Despedaçando o coração tenro, derramando a alma terrificada
Investidas impetuosas esquartejam o músculo despedaçado
Desesperado bate sofregamente bombeando o sangue
Pelas enormes fendas que o atravessam
Cansado e esvaziado
Jaz agora tão frio como a lâmina que o trespassou
A alma doente foge
Deambula e cai
Espira e falece
Extingue-se e desiste
Anula-se e desaparece
Morre e perece