Porcelana esbranquiçada
Penetra-me o olhar
Agora inutil e despedaçado
Inundado de escuridão
Leva-me para o abismo da incerteza
Meus pés afundam-se
Em areias do tempo
Que fogem apressadas
Pedaços de mim humedecidos
Jorram para as minhas mãos
Com o peso da fatalidade carmesim
Com passos trémulos e cegos
Tropeço em mim e não me levanto mais
Meu corpo sufoca-se na inercia
Engolido pelo tempo que se esgotou