Acabem, cessem de uma vez, morra já!
Abulam a escrita e a poesia se extinga!
Execráveis artes negras
Dádivas de loucos enfermos
Miseráveis masoquistas
Da dor não renunciaram
Ébrios daquele veneno
Escorre na garganta adaga amarga
Em êxtase, devagar se vão
Cambaleiam em cegos passos
E diluem-se no chão, que nada sente, indiferente
É do figado que jorra a tinta negra
Nessa poça molham a pena
E encharcados de centrípeta perda
Deliram últimas palavras no frio mármore
Agora salpicado por contrastes de trevas marinhas
Abulam a escrita e a poesia se extinga!
Execráveis artes negras
Dádivas de loucos enfermos
Miseráveis masoquistas
Da dor não renunciaram
Ébrios daquele veneno
Escorre na garganta adaga amarga
Em êxtase, devagar se vão
Cambaleiam em cegos passos
E diluem-se no chão, que nada sente, indiferente
É do figado que jorra a tinta negra
Nessa poça molham a pena
E encharcados de centrípeta perda
Deliram últimas palavras no frio mármore
Agora salpicado por contrastes de trevas marinhas
Quem mais iria passar ali naquele beco?
Somente fornicadores e mercadores da morte
Somente fornicadores e mercadores da morte
E quem, no seu infortúnio, se deparar com tal disparate
Iria tentar decifrar tamanho palco macabro?
Apenas loucos efémeros de dádivas tais
No comments:
Post a Comment