De ultravioletas e infravermelhos
Toca-me, delimita-se nos contornos
Impressos atrás de mim
Com relutância,
Reconheço-me no negativo de mim
Uma inegável,
Desconfortável parecença, marca presença,
Ali fica, me encarando, tão estupefacto quanto eu.
Habituo-me à sua permanência todos os dias à mesma hora
Sem me dar conta, etéreos zepelins
Brincam com as pronunciadas tonalidades
Parecem dar vida a essa parte de mim,
Gesticula algo agora, não tem voz,
Ainda é muito novo, não aprendeu a falar
Percebo-o na sua incoerência
Uma tempestade de experiências
Que não se contêm na palavra
Sentem-se no alvoroço da hora tardia
Em que me vejo tão pequeno,
Perante essa torre alta que sai de mim
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