Nesta noite chovem palavras
Lagrimas que irrompem frases
Vozes trémulas ouvem se do céu
Um trovão de rebelião
De raiva e saraiva
Do inverno para o inferno
Chove sem que ninguém se aperceba
Cai onde alguém não esteja
Tímida e insegura
Olha cá para baixo sentada na dúvida
Sem saber se há de sair
Também chove
Nesta negra noite
Pensamentos pesados
Que inundam este mundo num diluvio
Quimeras que devoram mentes dementes
Levam a consciência para o fundo do mar
Uma vertical chuva de balas
Penetra cadáveres emocionais
Vagueando lentamente pelas ruas despidas
Indiferentes ao trespassar de sentimentos
Uma neutralidade que avilta a humanidade
Aos mortos já nada lhes perturba
Aos corvos entreguem esta sociedade!
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