Friday, January 8, 2016

Demagogias da Mente

Sussurras para ti mesmo
O segredo guardado por tanto tempo
Que tens de ouvir da tua voz
Para acreditares na verdade
Dele te assombrar
Nos sonhos esquecidos
Antes de acordares


Daquelas tenebrosas noites
Envoltas por quimeras
Que teu frágil ego
Te nega conhecer
Apenas para manter afastadas
Verdades mais intoleráveis
Do que esse segredo
Que finges não saber

Relâmpagos te cegam
Para que não vejas
De forma que não ouças
Pelas cortinas carmesim
Ante do jardim onírico
Essas escondem, essas mentem
Habitantes invasores de contracto vitalício
Em cantos obscuros de pátios internos
Arcaicas, francas trevas
Sepultam fábula entre dentes contada
De seres único herdeiro de pensamentos teus
Coibidos pedaços de ti mordem-te a carne
Estilhaços hostis de quando tua mente se detonou
Deflagram bramida loucura em flagrante luz do dia
Sanidade despejada, lucidez desalojada
Endiabrado o pensamento, febril a palavra

Já não eram furtivos
Nem tampouco privados eram mais
Esses fantasmas enclausurados
Nas paredes lá de casa
Demolidas por usurpadores residentes
Que nunca conseguiste esconjurar
Mortífera cilada, desposaram-te, feito Babel de tua casa

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