Que tudo passa
Que tudo pesa
Que tudo se pesa
Que tudo se perde
É em lamento
Que se principia
Que se perece
Que se adoece
Que se definha
É em lamento
Um horizonte
Que se sedimenta
No estômago
Um castigo
Auto-infligido
Permissivo
É uma guerra civil
Regida por Saturno
É um Fado trágico
Engolido por dentro
Dissolvido por quimeras
Na barriga, inteiro
Do inventário da imaginação
Aguardas em quarto minguante
À espera de diagnóstico
Mas sem surpresas
Especialista dos crimes
De teus antecessores
Do que padecem eles
Não podes delegar
É-te dado mesma sentença
Mesmo desdém
Dos enfermos da Lua
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