Não sei mais
Se na noite me findo
Ou se da madrágora eu vim
Por instantes olvido
Noções obsoletas
Do frívolo ora
Nem jamais outrora
Existo apenas por sustento
De atividade cognitiva
Ou sugestão hipnótica
De deuses alucinados
Loucos, inventados
Não fosse eu ser engolido
Por minha nula valia
Sou visitado por fumo preto
Permito que se embrenhe
Nas cortinas, na roupa, na pele
Nos ossos, na medula
Entranhado na própria alma
Sacrifico meus pulmões
Em nome de um castigo
Que pouco interessa
A divindades de conveniência
Salvo por minha heresia
Sei não ser possivel
Se algum Deus vivo ofendi
Além daqueles que imaginei
Em minha catatonia
Aguardo pelo fim
Enquanto as nações
Se canibalizam
Com a ponta das lanças
Obscurecem o sol
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