Wednesday, June 11, 2014

Fingida Tranquilidade

Ruas perdidas de gente
Desdobram-se em caminhos estreitos
Ameaçando fecharem-se em catacumbas de esquecimento
Para quem ousar perturbar esta fingida tranquilidade
Alguns aventuram-se por esses caminhos íngremes de espaço intemporal
Esses nada mais são que cadáveres emocionais de murmúrios abafados
Sem entrar pelas paredes que contam histórias caladas e albergam caminhos imaginários
Apenas se ouvem ruídos do quotidiano insonso
Que nem dão vida, nem silêncio santo
Apenas um pálido arrastar de humanidade
Interminável ranger de calçada deambulante
Que não sabe por onde andou nem sabe para onde vai

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