Regurgitado do nada
Inteiro, abrupto, meândrico
Por incontável tempo caindo
Num infinito imensurável se si
Por incontável tempo caindo
Num infinito imensurável se si
Até que morosa disposição lhe mordeu
Para o mestre oleiroCondensar os pensamentos
Solidificar as areias
Virar a ampulheta
Orquestrar o mundo
Mergulhar as mãos
Nas forjas do inferno
Para martelar montanhas
Amaciar planaltos
Talhar terra e mares
Talhar terra e mares
Arrefecer oceanos
Lançar essa esfera mal anabolizada
No salão vazio de adornos estéreis
Criar o elenco da trama terrestre
Com deuses complacentes
E demónios convincentes
Não se sente mais sozinho
Simulando vida de confusão compartilhada
Mas talvez se arrependa depois
Repartido em suas várias partes
É a tendência bélica que sobressai
Para lidar com o medo e raiva
De nada saber e tudo acabar tão depressa
Sem pretexto nem explicação
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