Silêncio de azul pálido
Despe-se no quarto
Com esguia mordida
De sabor metálico na língua
Sou transportado para memória onírica
Onde nunca estive, mas sempre senti
Labiríntica floresta, em noite de lua subreptícia
Desvalido numa brancura álgida
A ceifa de ventos glaciares saqueia
Qualquer centelha de febre que nega a falta
Num arquipélago cada vez mais insular
De ligações iónicas que perdem a referência de si
O corpo, ponte do dentro e fora
Perde toda a diplomacia para uma cortina de ferro
Negando a derradeira perda do que pode ser perda de si
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