Separar caminhos de mim mesmo
Largar o incómodo de fingir ser
Não saber em primeira mão de quem fujo
Perseguindo contornos de falta
Falhe a memória do que lá estava
Memória ligada à dor que fica em teu lugar
Mas não importa mais essa coisa
Inútil pensar, evito sentir, sem mais arder
Corro para fora de mim, contra a multidão
Perder-me de vista, dessa sina que é estar só
Tenho planos para depois
Talvez possa esconder-me nesse interposto
Não me notem, não me falem
Não vejam o que me falta
Esperem até ao fim
Com outras camadas
Mais decidido a ignorar
Quem fora eu, não ser muito diferente
Desse agora pintado de outras cores
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