Quando vamos dormir à noite
A mente passa por lugares sombrios
Cai no abismo dos nossos medos
Alimentando-se da distancia que fugimos deles
Avultam-se na sombra do esquecimento
Escondidos debaixo de uma pedra como escorpiões
Envenenam a infraestrutura do nosso ser
Insensíveis, sem remorsos, impessoais
Mas como poderiam eles ser outra coisa?
Não são humanos, nem pessoas são
Nós é que lhes concedemos o luxo de os tratar como tal
Atiramos-os para a selva em pequenos
Damos lhes de comer, damos lhes poder
Damos lhes cara, dentes e garras
E eles regressam anos depois para se apoderarem de nós
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